sexta-feira, abril 28, 2006

FOLHA SOLTA…


Não vou procurar mais palavras para ser agradável. Não vou, gentilmente, voltar a dizer que sim a tudo. Não, não e não, vai ser a expressão usada com mais frequência. Não gosto. Não me apetece. Não quero! Não. Vai ser tudo o que direi sempre que sempre… (Sabem lá as forças ocultas o que isso irá custar…)

Não será perdido mais tempo a saber do que gosto ou do que me fere ou magoa. Perda de tempo! (Há coisas que só a sensibilidade pode deixar que se sinta). Não haverá necessidade de procurar agradar, para ser agradável (ao fim ao cabo, o que é ser agradável, quando nada se significa para quem desejamos ser tão gentis?!). Não será necessário fingir, porque vai deixar de haver necessidade de o fazer. Não haverá necessidade de omitir, (sim, porque quer queiramos, quer não, a omissão é uma mentira mascarada…). Será escusado. Conscientemente, admita-se que não me interessa (não será bem assim, mas sofrerei só para mim) … que não haverá comprometimento com nada… mas a verdade (que quero impor) é só esta, não quero saber de mais nada!

Não tenho disposição. Não estou bem de saúde, não tenho tempo… vai finalmente saber-se o que é ser-se posto no lugar de onde nunca se deveria ter saído: a penumbra…

Não haverá segunda oportunidade. Cada um perde a sua. O mundo é assim! Não posso aceitar, nunca mais, ser a última oportunidade. Não quero nem imaginar, ouvir de novo, que a culpa é minha, se não se verifica a realidade do sentir (quando se sabe muito bem quais são as razões camufladas a agitar a causa próxima).

A falha não é minha! Quem não sabe conquistar, não pode levar o troféu da batalha…

Eu estou cansada de ser o espólio de todas as batalhas…

Não chorarei mais, contorcida, entre os lençóis, por voltar a ser o boneco de palha, que mesmo ateado o fogo não arde… não! Não aceito ser preterida a belo prazer. Não concebo a ideia de ter de pôr em tudo a compreensão, que só a educação pode trazer. A cobrança, a troca, a vingança, a injuria, são inadaptadas às minhas características. Dócil, amorosa, compreensiva, dedicada, mas nunca a coisa que se tira e põe conforme apetece ou não, conforme é ou não útil… se, se joga assim, eu fartei-me de ser o dado que jogado no pano verde, só pode mostrar a face mais valiosa.

Não às leituras transversais. Não ao imaginar que letras e letras, palavras e palavras são para mim, quando eu nem entro em nenhuma delas… Nada de comentar as políticas como politicamente correcto, porque à partida, tudo está errado… isto de ser o pires que apenas tem utilidade para não sujar a toalha… acabou!

Acabou muita coisa! Acabou o permitir usar e esquecer logo de seguida. Acabou o momento seguinte cheio de lágrimas e frustrações. Acabou o dizer que está tudo bem, quando tudo está mal! Acabou tudo! Tudo! Eu acabei neste momento!

23.04.06

sexta-feira, abril 21, 2006

AS ÁRVORES

... mesmo feridas, maltratadas, as árvores morrem de pé...

quarta-feira, abril 05, 2006

MINHA GATA!



Com esse olhar dedicado
cauda erguida e ondulada
e de miar muito mimado,
está a gata apaixonada....

À voz da dona dá um gemido
E pede colo com doçura
Num lamuriar tremido
Mas tão cheio de ternura.......

Dissimulada e às vezes falsa,
Felina independente, é certo
mas terna quando estou perto.


airosa, parece dançar uma valsa
sempre a ronronar tão docemente,
numa fidelidade que não mente....

10.02.005