sexta-feira, junho 19, 2009

DIAS SIFICEIS

Não imagina quem vê o que são imagens distorcidas, sombras fantasmagóricas que se vão chegando a nós quando a visão começa a ser deficiente por causa de cataratas, sobretudo, quando se tem de aguardar por uma oportunidade, não estando dependendo de nós, nem do nosso querer, mas de decisões de quem vê bem e não consegue perceber quanto é difícil uma situação assim. Esta é minha experiência, neste momento e acrescento que me revolta profundamente, deixando bem demarcado que há muita injustiça em casos similares.

Enquanto aguardo, apenas vejo fantasmas em vez de figuras humanas, a deslocarem-se ante mim.

Vou desperdiçando o meu tempo uma vez que não posso ver para executar a maior parte das coisas que gosto e sei fazer… até para marcar um simples número de telefone tenho de usar uma lupa…. Já idealizaram há quanto tempo estou a escrever estas linhas? Não contabilizem! Chamavam-me louca e nem acreditariam…

Foi-me prometido para a próxima segunda-feira uma decisão e, que aceitarei ou não, dependendo do que for proposto. Estou no direito de recusar, sabendo que há alternativas mais fiáveis para mim.

19.06.09

quarta-feira, junho 17, 2009

CONFIDÊNCIAS E LAMENTOS

Apetecia-me ter os olhos enxutos, mas não tenho. Apetecia-me ter vontade de rir e não tenho. Apetecia-me não sentir a tristeza que me invade. Apetecia-me dizer a alguém que rir na cara de quem expõe as suas razões, por mais idiotas que sejam, é descarada falta de educação ou talvez demência…

Apetecia-me ter sido idiota durante o dia de hoje e não ter ouvido um terço do que ouvi…

Vamos votar na falta de educação! Claro que não refiro o conhecimento. Falo do que se aprende desde o berço, ou se devia aprender… não mentir! Não fazer de conta, mão prejudicar ninguém, e, muito menos tirar dividendos senegando meios de tratamento a quem está doente, para se mostrar que se economiza em gastos supérfluos.

Apetecia-me berrar que o ser velho ou doente não é sinónimo de “não presta”. Será que há pessoas que têm o elixir da longa vida e não envelhecem?... e não estão nunca doentes?!… nem sofrerão de cancro, jamais!

Arde dentro de mim um espírito de revolta que me apetecia destruir tudo e todos. Não há direito que se prejudique, seja quem for, a favor de ideais economicistas, em abono da degradação da qualidade e do bem-estar das pessoas. Ter qualidade de vida, passa por não subtrair certos direitos que as pessoas têm a certos tratamentos. Em abono de outros que poderão trazer o fim… Isto é injusto!

Sejamos inteligentes e pensemos: Se se tratar bem uma doença, e não se considerar um doente como um despesismo, poderemos até usufruir das qualidades desse doente, para dar apoio à sociedade em que se insere, sendo uma mais valia e não um desperdício.

Uma página para a hitória… a 17.06.09