quinta-feira, junho 30, 2005

ÚLTIMO ADEUS

Velei-te toda a noite, desesperada.
Toda fui desgosto, cheia de dor
Foste nos braços dum vento acolhedor.
Nem houve coragem para dizer “nada”…

Apenas foste como uma rosa desfolhada,
Açoitada pelo vento, perdeste a cor
Desfolhada pelo tempo, só e sem amor…
Apenas foste tempo… mais nada…


Velei-te toda a noite só e angustiada
Deixei-me numa tormenta velada
Para sentir este meu luto inextinguível


Velei-te toda a noite com saudade
Perdoando, se fora essa a tua felicidade
E eu ficar para sempre neste luto perdurável…




30.06.05

segunda-feira, junho 20, 2005

DESABAFO

Deixei-me envolver pela madrugada
Numa feliz tristeza sem explicação…
Feita vagabunda, caminhei desamparada
Muito só, para não merecer compaixão…


Escondida no roseiral, chorei desesperada.
Tentei esquecer toda a minha ilusão,
Solucei desgostosa, alma só, desabrigada…
Procurei em vão dentro de mim a solução…


Quando vieste, foi tarde, já pouco havia.
Trazias alegria de um qualquer vencedor.
Contaste os sucessos, esqueceste o amor…


Deste um golpe fatal na dor que sentia,
Destruíste o que restava da minha ilusão,
Apenas ignoraste quem vivia com paixão……



19.06.05

quinta-feira, junho 16, 2005

UMA ROSA A FLORIR…

Casualmente, no interior de uma noite fria,
Aconchegada na ternura de um abraço,
Deixo tomar corpo a minha fantasia,
E no cosmos uma estrela deixa um traço…


E por breves momentos, um hino de alegria,
Com as tuas mãos macias em meu regaço
Suspirando e num misto de prazer e agonia
Sinto-te. Sou tua, dentro do meu espaço…


Deixa-me dormente este sentimento tão belo
E mesmo aquando do beijo mais singelo,
Eu deixo o meu corpo vibrar, entontecida…


E não querendo, quero sempre sentir,
Dentro de mim, uma doce rosa a florir,
Cada vez mais e só por ti, enternecida… …


15.06.05

quarta-feira, junho 15, 2005

YESTERDAY

Yesterday! Yesterday!
Oh, my love! Yesterday…
Yesterday, something wrong
In my life, I don’t say…
It was the beautiful song
Oh my love, yesterday…
Yesterday!
You were a sweet love
In my long day…
Yesterday, yesterday
The brightest night
Showed me the bright
Of the feelings
And the whole dreams were light…
Yesterday
Oh! Yesterday
Yesterday, yesterday
More than a show
More than everything
Yesterday! Yesterday
Yesterday…
It was only an only day…



14.06.05

sábado, junho 11, 2005

WHAT I SHOULD LIKE TO BE!

I should be a fly
To dance all night
And to land on your hands
To kiss them.

I should be a butterfly
To please your eyes
And in winter
I would become
A soft cocoon
With my dreams inside…

I should be a fairy
And with my magical powers
I would make you
What I have ever dreamt… …



11.06.05

IF POEM

If I were a book
I would be the most beautiful romance.

If I were a manual
I would be the most useful one.

If I were a song
I would be the most romantic music.

If I were a bird
I would sing sweet songs.

If I were a plant
I would show the most colourful flowers.

If I were a Man
I would deliver Love for all hearts

But

If I were God
I would put within their hearts LOVE!

11.06.05

PORQUÊS?

Sem respostas…


Porquê fica impune o Amor
Que castiga,
Que causa dor,
Que mente,
Que deixa o vazio
E mata sem pudor?!

Porquê se perdoa o Amor
Que engana,
Que joga,
Que não sente
E deixa desprezo e dor?!

Porquê se pergunta em vão,
Sem resposta,
Sem explicação,
Sem comentários
E com tristeza e desilusão!

Porquê se fica humilhado
À deriva, sem vida,
Morrendo de desgosto,
Com toda a esperança perdida…
Mas sempre apaixonado….

Porquê que é tão forte o Amor?
Só porque é o suserano dos sentimentos?
Só porque chefia toda a Humanidade?
Só porque conduz as nossas emoções?
E do seu trono, só dá momentos?!

Porquê tem de existir o Amor?
Porquê lhe prestamos vassalagem?
Porquê teimamos na dor,
Caminhando numa eterna viagem…
Procurando-lhe o sabor? ……

11.06.05

quinta-feira, junho 09, 2005

QUADRADO PERFEITO

Quadrado perfeito: ângulos e lados iguais
Eis a imagem que tenho para este amor
Que transcende esses ternos beijos estivais
E que têm da Aurora Boreal o esplendor…


Os ângulos são perfeitos, sentimentais,
Encaixando no teu carinho sedutor…
A pele macia ao tocar-me: são vendavais
E eis-me no centro do quadrado do amor…


E vindes sempre mais doce, apaixonado
Trazendo os ângulos do perfeito ser amado
Com terno olhar e palavras de encantar…


E contigo no centro de todos os lados,
Sinto que somos dois eternos apaixonados:
Um quadrado perfeito para te amar…


08.06.05

segunda-feira, junho 06, 2005

A MINHA DOR

A minha dor é como um vendaval
Rodopia, arrasta tudo. Devastadora…
A minha dor é como as dores em funeral
Chora, chora…é uma dor demolidora…


O vento a ulular é uma orquestra colossal
Ruidosa, turbulenta, agreste e arrasadora
E a minha dor, é uma dor sem igual
Profunda como uma caverna, avassaladora…


Nesta profunda dor onde vivo e moro,
Em uníssono com o vento, grito e choro.
Espero em vão, um afago de alguém…


A minha dor é como um vendaval: A dor!
Abandonada, em solidão, triste e sem amor…
Sempre esperando, em vão… não vê ninguém…







06.06.05

sábado, junho 04, 2005

SARDINHEIRAS NÃO DÃO ROSAS

Deixa escrever-te um último verso de amor
E deixa pela minha mente passar a ilusão
Que continuo feliz, resplandecente como a flor
Embalada pelo amor da minha imaginação…


Não estou abandonada, crê-me por favor,
Apenas me debato entre o “eu” e a reflexão
E entre as minhas lutas tento abafar a dor
Com muito ódio, muitos medos e paixão…


Não quero mais fins de tarde dolorosas,
Porque sardinheiras não dão rosas:
Só em filosóficos mitos me fizeste acreditar!


Queima toda a papelada e a minha poesia
Que não foi mais do que quimera e fantasia
E depois sopra ao vento a cinza que sobrar…


04.06.05

quinta-feira, junho 02, 2005

COM RIGOR!

Calibrei todos os meus sentidos.
Inspeccionei os meus pensamentos
E vi que ambos estavam perdidos:
São o que resta dos meus sentimentos…


Pesei rigorosamente as dores sofridas
Medi milimétricamente os momentos
E entre todas as cores já esbatidas,
Vejo-me no cinzento dos tormentos…


Olhei-me triste, de dentro para fora
Colhendo as lágrimas de quem só chora
E em vão procurei e não vi ninguém…


Esperei sem tempo o que tanto demora
Idealizei ser, sem ser quem te adora
E apenas o mesmo silêncio do além…


02.06.05

quarta-feira, junho 01, 2005

EMOTIVIDADE!

Perdi-me no labirinto das emoções.
A vaga certeza perdeu-se no abismo
E as ideias sobre amor foram ilusões…
Mesmo com palavra, vontade ou sofismo


Uma balbúrdia infernal de comoções,
Uma panóplia de mero equilibrismo
Uma guerra metabólica de sensações
E tu e só tu, dentro do teu silogismo…


Perdida, abandonei meu ser sem vida
Longe de olhares, da discórdia renhida…
Passei de ser ao não ser ninguém…


Perdida, indesejada, fiquei consumida
E sem sentido, nem a tua voz querida,
Será outra voz igual à voz do além…


01.06.05