segunda-feira, fevereiro 16, 2009

ARTE APLICADA





Nem sempre é possível homenagear os amigos, sobretudo se se está atravessando momentos menos bons, em que a saúde nos priva de passeios, de paródias, de convívios.., Há sempre quem nunca nos esqueça e de quando em vez uns, outros diariamente, telefonam e lá nos vamos conservando com a conversa em dia… outros por estarem mais longe, lembram-se, mas têm menos tempo. Mas não esque ço eu e isso é importante.
Tenho umas amigas que são impecáveis e por isso resolvi dedicar-lhes os meus momentos de lazer (que agora são muito) e entretida em artes manuais, fiz umas coisas insignificantes, mas com todo o meu carinho. Vejam as fotos, porque os originais vão ser entregues logo que me seja possível.

16.02.09

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

VIDA VS DOENÇA VS MORTE

A morte é um dos temas que também faz as pessoas omiti-lo. O temer a morte e tudo o que lhe está associado é tabu para muitos e assunto indiscutível. Na realidade, o excesso de ideias ultra conservadoras, baseadas em legados histórico-religiosos que nunca evoluíram, vai deixando medo e insegurança nos povos.
Conjugando ideias, poderia abordar a eutanásia como tema discutível, que aliás, sendo um assunto de muita importância, ainda há-de fazer correr muita tinta, mas não. Vou abordar um outro assunto, não menos importante, que está em fase de debate e é designado como “testamento de vida” e não menos tema de discussão.
Ora se bem entendi, o “testamento de vida” é um documento que se assemelha ao comum testamento, em que alguém, ainda dentro de um estado de saúde considerado de bom, declara que em caso de doença grave, ou que se venha a transformar em grave, não pretende ser submetido a tratamentos, tais como certas técnicas de reanimação, de ligação a máquinas de ventilação, transfusões de sangue ou os tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
Aparentemente o documento em questão é viável, contudo não passa de uma proposta da Associação Portuguesa de Bioética e necessitará do aval do Ministério da Saúde, nomeadamente da Comissão Parlamentar de Saúde, que espero não deixe o assunto morrer.
Segundo percebi, a validade do documento em questão é de três anos, findo este prazo, deverá ser feito um novo testamento. Este é o meu ponto de discórdia. Penso que deverá apenas ter uma cláusula que permita a sua revogação, caso o indivíduo mude de ideias.
Moralmente sinto-me a vontade para apoiar este documento. Tenho experiência do que é fazer radioterapia em simultâneo com quimioterapia e de todas as consequências e ainda de toda a incógnita que passa a gerir a nossa vida. Caso se ventile a hipótese de necessidade de repetir, não pretendo renovar tais passos. É angustiante que passemos a ser dominados por qualquer ponto de dúvida, que tais tratamentos surtam no efeito que se pretenda. Tenho o direito que não me seja exigido tal esforço e que aqueles que amo sofram com a falta de qualidade de vida que tais tratamentos me vão impor e impor aos que me rodeiam.
Espero que este assunto e outros considerados polémicos, mereçam o respeito que lhes é devido.

05.02.09

temas polémicos: http://jorgeferrorosa.blogspot.com