segunda-feira, novembro 28, 2005
APENAS PARA TI!
Não queria ter ódio à tua pessoa,
Apenas sentir uma profunda indiferença,
Porque com ódio há algo que magoa:
Ainda perdura a profunda dor de presença…
Tudo o que seja ódio, raiva, ira, é doença
E jamais quereria perpetuar o que me doa,
Por sentir, sentindo sempre a tua indiferença
Se me tocas, mesmo sem a tua presença…
Não queria sentir o desejo do teu beijar
Nem tão pouco queria voltar a recordar
Este sofrer constante, por me ignorares…
Não queria partir assim, sem, mais amar
Nem tão pouco partir, sem te levar
Como único e mais real dos amores…
26.11.05
terça-feira, novembro 08, 2005
NU?
Na cama, em casa, na rua,
Despido de fantasias
Sois Homem, verdade nua e crua!
Crê Homem, que a tua fama
Tão pouco ficará abalada
Mesmo que não uses a cama,
Para seres pessoa falada…
Na cama, fazes amor
Que apenas pode ser desejo,
Ou puro acto de favor,
Ou puro acto de manejo…
Em casa, controlador,
Podes acabar indesejado:
Mero acto de terror,
Se não te fizeres amado.
Se não souberes ser amado,
Ninguém te fará feliz
Serás sempre um ser acabado,
Como o ditado o diz…
Na rua, qual estátua, toda nua,
Não passas de um desconhecido
Mesmo que muito presumido,
Digas ao mundo que sou tua…
O ID tem destas coisas estranhas,
Que sem mecanismos de defesa,
Causa fervor nas entranhas,
Mesmo a quem se veste de esperteza…
Se estás defendendo tua atracção
E pretendes ser respeitado,
Mesmo sem roupa, a fazer revolução,
Apenas serás sempre rejeitado…
08.11.05
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