quarta-feira, julho 29, 2009

ÀS VEZES APETECE!

Às vezes escrevemos só por escrever, mas a maior parte das nossas investidas no espaço que se apresenta à nossa frente, quer seja papel, quer seja o monitor do nosso PC, é para despejarmos o que nos vai na alma. É uma terapia muito positiva porque se expõem afectos que estavam na sombra ou porque temos de mostrar o nosso agrado ou desagrado por algo que nos atormenta.

Claro que o que nos atormenta dá-nos uma mais larga margem para nos expressarmos, porque desabafamos.

É o caso!

Tenho de “despejar o saco” porque senão fico “maluquinha”.

Não apareço em revistas, não dou conferências, mas apetecia-me fazer um comício.

Vá! Riam-se para aí e gozem… Porquê um comício? Porque sai barato e como é ao ar livre, de uma maneira geral, atrai muita gente e então podem dizer-se muitas coisas que de outra forma, rodeados de formalismos, não seria possível.

Pois bem! No meu comício e porque estamos num período propício, falaria de eleições. Falaria de possíveis passos a dar para angariar adeptos, mas sem mentir nem pintar quadros imaginários, de cores que se perderiam às primeiras chuvadas.

Não faria questão de aparecer sempre ajanotada e muito menos esconder o como não sou. Os anos são uma honra e não o motivo de nos mascararmos para parecermos mais novos…

No meu comício não diria mal de ninguém. Cada um é como é, e as acções são para quem as pratica. No meu comício tentaria mostrar que o respeito pelas pessoas não é prometer o que é impossível dar-lhes, (sei que as pessoas gostam de analgésicos para não sentirem dores, mas tratamento de fundo, esse não esconde a dor e é moroso…) mas fazê-las sentir que estão erradas, requer paciência e muito tacto, para não molestar ninguém.

Nem sempre o que parece é. Às vezes parecemos estar seguros dos nossos papéis e afinal não passa de mera confusão ou forma de fazer de conta que tudo está bem…

No meu comício não pediria votos. Quem se sentisse na minha onda, votaria em mim, seguramente… teria de ser muito verdadeira e perspicaz para usar termos e palavras que convencessem e levassem todos a colaborar no avanço e melhoria das condições sociais e económicas. Fazer sentir que o trabalho de equipa não significa que se eliminem os degraus que nos separam uns dos outros, nem que esperemos por “milagres” para se conseguir o que se pretende.

O meu comício terminaria com palavras de força e de que querendo, todos conseguimos!

28.07.09


(texto publicado no Clube dos Pensadores)