óleos sobre telas de Sonny
Subi as escadas de mármore. Fora um palácio imponente. Agora é um Museu conceituado. Os salões foram transformados em amplas galerias, onde os focos de luz davam vida às pinturas. Que quadros célebres de pintores não menos célebres e quase todos fazendo parte de grupos de celebridades de outros séculos passados.
Frente a cada quadro parei. Admirei e fiz um curto apontamento na memória, para mais tarde recordar.
Duas horas mais tarde iniciei a minha visita às galerias dos contemporâneos. Alguns artistas menos conhecidos, não deixavam de ter belos trabalhos. Parei em frente dos nus. Observei um a um; cor, traço, enfim, gostei!
Lentamente caminhei pela galeria, ora observando à esquerda, ora à direita. Completamente absorta entre o que via e o fluxo do pensamento que se misturava entre o que via e o que pensava, que nem tinha a perfeita percepção de estar numa galeria.
De repente senti-me abraçada. Alguém em quem não reparei abraçava-me e beijava-me fugazmente no meu pescoço, na testa, as bochechas, os lábios…
Só podia! Surpresa! Quem andava por ali, como eu a beber cor e figuras para alimentar a escrita…
Lado a lado, depois de braço dado, fomos complementando a nossa observação com um abraço, um beijo, um sorriso… que bom ter vindo ao Museu esta tarde!
04.04.09