Apetecia-me ter os olhos enxutos, mas não tenho. Apetecia-me ter vontade de rir e não tenho. Apetecia-me não sentir a tristeza que me invade. Apetecia-me dizer a alguém que rir na cara de quem expõe as suas razões, por mais idiotas que sejam, é descarada falta de educação ou talvez demência…
Apetecia-me ter sido idiota durante o dia de hoje e não ter ouvido um terço do que ouvi…
Vamos votar na falta de educação! Claro que não refiro o conhecimento. Falo do que se aprende desde o berço, ou se devia aprender… não mentir! Não fazer de conta, mão prejudicar ninguém, e, muito menos tirar dividendos senegando meios de tratamento a quem está doente, para se mostrar que se economiza em gastos supérfluos.
Apetecia-me berrar que o ser velho ou doente não é sinónimo de “não presta”. Será que há pessoas que têm o elixir da longa vida e não envelhecem?... e não estão nunca doentes?!… nem sofrerão de cancro, jamais!
Arde dentro de mim um espírito de revolta que me apetecia destruir tudo e todos. Não há direito que se prejudique, seja quem for, a favor de ideais economicistas, em abono da degradação da qualidade e do bem-estar das pessoas. Ter qualidade de vida, passa por não subtrair certos direitos que as pessoas têm a certos tratamentos. Em abono de outros que poderão trazer o fim… Isto é injusto!
Sejamos inteligentes e pensemos: Se se tratar bem uma doença, e não se considerar um doente como um despesismo, poderemos até usufruir das qualidades desse doente, para dar apoio à sociedade em que se insere, sendo uma mais valia e não um desperdício.
Uma página para a hitória… a 17.06.09