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Sou aquela que entre os poetas,
Vive mais só e mais triste.
Sou como todos os profetas,
que embora sendo, não existe...
Sou corpo, sem pernas, de muletas,
com os punhos fechados em riste,
cheia de pensamentos patetas,
e a quem amor nem pediste...
Serei ou não serei este ser
sempre longínqua e fria,
que vive sem viver para a poesia.
Poderei, ou talvez não ter
um desejo diferente desta sorte,
que não seja só o da Morte...
1993
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