Cheira a flores murchas e secas
e a velas que ardem lentamente.
Paira no ar o cheiro da Morte
que vem de mansinho, triunfantemente
apontando a quem saiu a sorte.
Vem esbelta e elegante, sorrindo,
de mãos esguias, com gestos lentos
Vem toda de branco vestida.
Olhos semicerrados, escondendo os pensamentos
Como quem, com saudade, está de partida...
Entre a fumaça pálida das velas
e o cheiro mortiço das flores
jaz a companhia da Morte
para quem já não há mais amores
e apenas no peito aquela sorte...
2001
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