sábado, junho 04, 2005

SARDINHEIRAS NÃO DÃO ROSAS

Deixa escrever-te um último verso de amor
E deixa pela minha mente passar a ilusão
Que continuo feliz, resplandecente como a flor
Embalada pelo amor da minha imaginação…


Não estou abandonada, crê-me por favor,
Apenas me debato entre o “eu” e a reflexão
E entre as minhas lutas tento abafar a dor
Com muito ódio, muitos medos e paixão…


Não quero mais fins de tarde dolorosas,
Porque sardinheiras não dão rosas:
Só em filosóficos mitos me fizeste acreditar!


Queima toda a papelada e a minha poesia
Que não foi mais do que quimera e fantasia
E depois sopra ao vento a cinza que sobrar…


04.06.05

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