quinta-feira, agosto 25, 2005
A ARTE DE SONHAR SER
Poucos sabem que o sonho
Está sempre presente na vida
Que é concreta e definida
Como uma árvore qualquer
Ou este vaso de barro
Por onde meus avós beberam,
Como o Mar onde eles navegaram
Entre serenos ou terríficos sobressaltos,
Como os choupos tão altos
Que com o vento se agitam
Como nossas mentes gritam
Em “pielas” de ciúme...
Poucos sabem que o sonho
É álcool, é espuma, é veneno
Por vezes agressivo e pequeno.
É bicho de focinho pontiagudo
Espicaçando todos e tudo
Num constante movimento.
Poucos sabem que o sonho
É um pincel, muitas cores e tela,
Um pedestal com uma mulher bela.
É um jardim florido
Pintado de verde garrido
E até melodiosa sinfonia
Enchendo todos de magia.
É vento que sopra do norte
gritando por aquela morte
que não se pára de recordar
mesmo sem nela se falar.
No mapa da imaginação
há rios de amor e paixão
há barcos e aviões,
destroços de corações.
Há esperanças sem fim
dos dias “sim”
em que o dinheiro combina
com poder, com ordem e menina
e os cones de vento
indicam a direcção do pensamento
e a esperança traz afazeres
e estes dão os prazeres
que num ai se vão
como uma noite de luar.
Poucos sabem e pensam
que a sonhar se vai vivendo
e sempre que sonham
o Mundo sofre mutações imensas
como um arco-íris colorido
entrelaçado nas nuvens cinzentas...
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2 comentários:
No mapa da imaginação há coisas incontáveis...
Que inveja tenho de não saber pôr essa coisas a saltitar! Que raiva!
Finalmente, já sei pôr as "coisas" a saltitar! Fica para depois a demonstração...
Entretanto, vou tentar sonhar um pouco lá pelas terras dos mouros meus antepassados...
Bjs.
Leonor
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