Infinitamente só, a solidão vagueia.
Indiferente aos sons fortes e dominadores,
Impacienta-se pelo tempo onde se passeia,
Incapaz de reagir às correntes dos amores.
Iludindo-se, a solidão tece a sua teia,
Imaginando quem cairá nas suas dores,
Inconscientemente, sem querer, planeia,
Irracionalmente, prender os seus amores…
E vivendo por aqui e por além, a solidão
Sempre a esperar por uma nova ilusão,
Deixa que os tempos passem, desregrados…
E muito só, a solidão, em dias sem dias,
Deixa-se esvair entre as suas fantasias,
Chorando estar só, recordando seus amados…
16.11.06
2 comentários:
A solidão alimenta-se de ilusões, de recordações e também um pouco de esperança. E ainda bem que assim é pois "nos caminhos tortuosos da vida ainda há rosas cor-da-esperança!"
Bjs.
Que se espere, mas não por mais uma ilusão.
Gostei muito de te ler.
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