quinta-feira, dezembro 01, 2005

“is”


Infinitamente só, a solidão vagueia.
Indiferente aos sons fortes e dominadores,
Impacienta-se pelo tempo onde se passeia,
Incapaz de reagir às correntes dos amores.


Iludindo-se, a solidão tece a sua teia,
Imaginando quem cairá nas suas dores,
Inconscientemente, sem querer, planeia,
Irracionalmente, prender os seus amores…


E vivendo por aqui e por além, a solidão
Sempre a esperar por uma nova ilusão,
Deixa que os tempos passem, desregrados…


E muito só, a solidão, em dias sem dias,
Deixa-se esvair entre as suas fantasias,
Chorando estar só, recordando seus amados…

16.11.06

2 comentários:

Leonor C.. disse...

A solidão alimenta-se de ilusões, de recordações e também um pouco de esperança. E ainda bem que assim é pois "nos caminhos tortuosos da vida ainda há rosas cor-da-esperança!"


Bjs.

Rui disse...

Que se espere, mas não por mais uma ilusão.
Gostei muito de te ler.