sábado, maio 27, 2006

(RE)LEITURAS

Leio e releio tudo o vou escrevendo, num constante recordar das etapas que vou tentando ultrapassar, no dia a dia que atravessa a minha existência…

Louvo os que pela lei da morte se vão libertando das agruras que a vida deixa, em sulcos profundos de dor, na imaterialidade de cada um de nós…

Louvo os que nem por um momento, deixaram tempo para um adeus! Corajosos!

Um desapossamento de sentires e vontades, deixa em quem parte, um vento de liberdade, uma partida sem rumo, como o pólen que esvoaça pelos campos e caminhos, no fim da tarde brumosa….

E para além dos escritos que repovoam as minhas mesas e os arquivos que guardo no computador, nada, mas mesmo nada existe… apenas vai restando uma vontade de não voltar a escrever, não voltar a pensar, não voltar a sonhar… Ninguém existe! Ninguém é nada! Então, que fazemos neste deserto, onde nem os lacraus resistem…

27.05.06

1 comentário:

Leonor C.. disse...

Por vezes vegetamos.