domingo, setembro 23, 2007
REFENS DO DESTINO
No mundo pouco conhecido dos ácaros, do pólen, das bactérias, há sempre uma preocupação: manter a espécie!
Que lugar tão apropriado!... uma cama de uma enfermaria de um qualquer hospital…
A conversa, se escutada, seria interessante, na melhor das hipóteses…
Dois ácaros congratulavam-se pelos recentes acontecimentos – não se podia mudar os lençóis e as fronhas… não tinham chegado da lavandaria as mudas, devidamente desinfectadas. Que festa!
Na cama X, da dita enfermaria do tal hospital, o lençol e a fronha também cochichavam e ao escutarem o diálogo dos ácaros… meteram a colherada… Pois! Pois!... se eles soubessem que foi a falta de pagamento que fez tudo isto… não há roupa para mudas!
- “O lençol azul é que ficou feliz…” dizia a fronha rosa ao seu parceiro… ficaram reféns do destino. Assim ficam juntos!...”
- “ Mas… não entendo… a fronha azul estava velha e já um pouco esfarrapada…. E o lençol azul veio na última remessa de novos…”
-“ Pois é!” – “Mas a fronha envelhecida, não será cobiçada facilmente, por isso não seguirá por engano na sacola de alguém com alta…”
Há coisas que os humanos nunca entenderiam… (ainda murmurou o lençol rosa) Os ácaros espantados, juntaram-se à festa e deram uns “hip-hip-hurra” àqueles reféns do destino…
15.09.07
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