quinta-feira, abril 21, 2005

DOR DO SOFRER

No meu peito há uma profunda dor
A dor que das dores me fez sedenta.
Dores de todas as saudades de amor,
Que um peito sente, se experimenta…


No meu peito há a dor do sofrer,
Da saudade e do que queria verdade.
No meu peito há esperança de morrer
Por não aceitar tão triste realidade…


Com meus olhos chorosos de dor
E no peito a dor do ausente amor,
Vou morrendo por aí. Passos errantes…


E ao escolher a morte por companhia,
Escolho-a ao amor, pela fantasia,
Por tanto sofrer por amores vagueantes…



21.04.05

quarta-feira, abril 20, 2005

SUSSURROS

Que a palavra “doçura” seja um desejo
Entre os que em cada dia formulamos.
Que seja mais simples que um simples beijo.
Que seja a realidade do que falamos…


E se os longos silêncios forem doçura,
Que sejam tão longos como pensamentos
ou no seu todo sejam expressão de ternura
e eternamente sejam belos momentos…


Significando a doçura muita compreensão
E assim também, a mais pura dedicação:
Podemos chamar-lhe uma palavra perfeita.


Ouvi-la com carinho, ao ouvido, sussurrada,
Seria como se fosse a mulher mais amada,
Porque doçura é palavra para a doce eleita….



19.04.05

domingo, abril 17, 2005

COMPREENDEI A PALAVRA!

Agora que a hora se esvai,
dizei Senhora que a Morte é vinda.
Perde-se em sonhos o que me atrai
mesmo que perdida em sonhos, ainda…


Pois que venha a Morte, Senhora!
Porque sois bem vinda, de certo.
Deixarás da Morta sonhadora….
aquela que jamais tendes por perto!


De escritas a eito, sem expressão…
Lançam ventos a ventos, cheios d’ilusão:
São dores da escrita duma vida…


E da escrita, sem palavras, dizes
De todas as mentiras felizes:
São toda esta amálgama perdida!...



16.04.05
16H40

PSICOFILOSOFICAMENTE!

Vontade, pura ilusão psicológica,
resultante do desequilíbrio causa efeito
na sua acepção metafísica, estudada,
deixa que minha vontade fisiológica
me deixe andar aí sem jeito,
a pensar, em pensamentos do nada…
Mas pensando, ao pensar sinto
o que é a vontade ilusória,
num desequilíbrio designado preconceito,
com causa real e resultado aparente,
numa vibração aguda e constante
permitindo o orgasmo da glória,
que sendo pura ilusão não mente,
muito embora seja a vontade errante:
quer seja pura ilusão psicológica
quer fechando os olhos e gritando vitória!


13.04.05

sábado, abril 16, 2005

VULNERABILIDADES!

Meu poeta trovador
Feito de silêncios abstractos
Ou de monólogos agonizantes,
Ainda espero ter a alegria
Do teu carinhoso amor,
Sem da valoração ter artefactos
Nem dos intrometidos pensantes
Que nos apartam; nos deixam em agonia….


Já nem sei o que é vontade
Nem tão pouco a de te querer…
Talvez me iluda com essa fatalidade,
Com os silêncios que dizem, sem dizer…
Porque se a vontade tivesse autonomia
E tivesse toda a força de fazer…
Minha vontade não era esta agonia…
Nem esta agonia era a minha verdade!...


Se toda a poesia fosse luz
E a tua prosa me fizesse feliz,
Seria rainha e não escrava…
Jamais transportaria esta cruz
Mas na mão uma bela flor de lis…
E nas noites sucessivas não esperava…
Nunca faria perguntas desnecessárias,
Pois sabia ser aquela que se amava…



07.04.05

PROGRAMA DE DESACTIVAÇÃO

O acaso programou intencionalmente,
um ataque cerrado ao já caótico estado
deste alguém vagueando perdidamente,
Vedando-lhe a palavra ao seu amado…

Triste e tão só! Quase propositadamente,
Votada ao ostracismo e na distância
Quer por revolta, ciúme ou ódio ao amor,
Condenada à separação por circunstância…


Porquê o acaso promoveu a desactivação
Do elo de ligação ao mundo maravilhoso
De quem tão longe vivia uma bela paixão…


Os porquês sem resposta do silencioso,
São como o martírio de uma maldição
De quem “inocentemente” foi tão malicioso…



31.03.05
23:46