sábado, fevereiro 25, 2006

Repercussões Psíquicas Possíveis


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Todas as crianças que andam na Escola têm direito a serem alegres, terem amigos e a brincarem com os outros. Têm o direito a ter uma Professora que não grite com elas.
Todas as crianças têm direito a, pelo menos uma vez na vida, escolher um chocolate que lhes apeteça.
Todas as crianças têm direito a terem orgulho na sua existência.Todas as têm direito a pensar e a sentir como lhes manda o coração, até serem velhas, aí com uns 20 anos.
Pedro Strecht - CRESCER VAZIO - Repercussões Psíquicas do Abandono, Negligência e Maus Tratos em Crianças e Adolescentes “
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Passa que não passa os olhos por aqui e por ali e eis que dou com um excerto de um dos livros de Pedro Strecht - CRESCER VAZIO - Repercussões Psíquicas do Abandono, Negligência e Maus Tratos em Crianças e Adolescentes - e vai daí, veio-me à memória uma cena a que assisti há uns tempinhos e que me deixou abaixo de esterco….

Uma mamã muito “tia”, exercia uma agressividade, sobretudo no olhar e no tom com que pronunciava as palavras que proferia, que cortavam o coração a qualquer pedra, se as pedras tivessem coração…

Todo o aparato daquela violência era derivado à criança não ter tido uma nota mais elevada (embora com positiva), numa disciplina qualquer e para a qual, ela mamã, havia perdido um tempo infindo a tentar explicar…e vai daí, só referia o que dava à menina, que qual flor açoitada por forte ventania, se vergava ao peso das lágrimas vindas de uns olhitos já massacrados de tantas anteriores lágrimas…

Falei com a menina. Acalmei-a. Prometeu-me estar atenta a próximas sessões de estudo mas doeu-me quando me beijou, segredar que a mãe não gostava dela. Ainda tenho a dor, uma dor profunda, porque é injusto que se seja assim para uma criança… quando se tem tantas prosápias e se mostra “gente grande”…
24.02.06

domingo, fevereiro 19, 2006

RENDAS

A moda redescobre no século XIX o encanto da renda que passa a ser, mais do que nunca, um símbolo de uma elevada classe social, depois do declínio ligado a transtornos políticos e sociais dos finais do século XVIII.
(detalhe do retrato de Giuseppina Negori Pratti Morosini, realizado por Francesco Hayez em 1853)

RECORDANDO-O


Chamei impaciente a madrugada
e só o silêncio me respondeu.
Gritei mais alto, desesperada,
mas o meu grito se perdeu.


Perdida, chorei angustiada,
mas nem o choro me valeu.
Depois, já não havia nada:
Só a cinza do que ardeu...


Foi-se o sonho, minha ilusão,
Suspiros de ternura e emoção.
E aqueles encontros de fugida.



O frio da cinza é frustrante.
E saudosa é a época distante
Que fica na memória perdida,
19.02.06

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

SO SAD!

Comoveu-me, entristeceu-me e revoltou-me… senti tudo isto num simples pestanejar.
Comoveu-me, porque a existência de um amor tão belo toca em quem quer que esteja apaixonado;
Entristeceu-me, porque não ter um amor assim, é triste. Ser amado assim perdidamente… é sempre para os outros.
Revoltou-me, pois que amando alguém que estivesse em circunstâncias iguais, creio que deveria ser respeitado esse amor, muito embora morresse de desgosto de não poder ter pelo menos uma parcela de tão belo sentimento…

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

CANÇÃO TRISTE

Entre as ruas, caminho, ando, vou:
Passos incertos, pesados, lentos…
Pela minha sombra não sei quem sou,
Apenas sou a senhora dos desalentos…


Cruzo-me com gente, que nem me olhou
Enquanto que perdida em pensamentos,
Choro a saudade de quem não me chorou…
E sinto seus beijos levados pelos ventos…


Entre esta multidão sem nome, pela rua
Continuo a caminhar, procurando a Lua…
Sinto-me nas veredas de um cemitério…


E com um luar pálido que me acaricia,
Na rua, entre gentes, vivo a fantasia
Que comigo, vais partilhando o mistério…

09.02.06

domingo, fevereiro 05, 2006

DESABAFO!


Deixai que abram as portas
para a Morte passar.
Deixai-a entrar!
Que entre,
que me tome em seus braços,
me abrace e me leve...
Deixem abertas as portas
para eu com a Morte partir.
Saiamos!
Prefiro ir a ficar.
Troco o Mundo pelo nada:
A Morte!
Mas prefiro ir a ficar.
Deixai por aí a monte
esse “mundo” infame
de rebeldes, de capitalistas, infelizes...
e vou com a Morte...

À saída, uma chuva de
mimosas rosas brancas cairá,
E eu, de tules,
nos braços da Morte,
irei para não voltar...