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Passos incertos, pesados, lentos…
Pela minha sombra não sei quem sou,
Apenas sou a senhora dos desalentos…
Cruzo-me com gente, que nem me olhou
Enquanto que perdida em pensamentos,
Choro a saudade de quem não me chorou…
E sinto seus beijos levados pelos ventos…
Entre esta multidão sem nome, pela rua
Continuo a caminhar, procurando a Lua…
Sinto-me nas veredas de um cemitério…
E com um luar pálido que me acaricia,
Na rua, entre gentes, vivo a fantasia
Que comigo, vais partilhando o mistério…
09.02.06
1 comentário:
Rosas sempre lindas e um coração sempre triste.
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