sábado, janeiro 13, 2007

DESAPONTAMENTO


Caos! O caos sou eu. Eu! Na tumultuosa corrente de gentes que deslizam a passo rápido pela rua fora, vou e misturo-me. Ando e perco-me. Perco-me nos pensamentos que não se traduzem por palavras. Os sentimentos não têm tradução…

As janelas da alma, protegidas pelas vidraças que lhes permite ver melhor, estão baças pelas lágrimas que dançam, antes de tropeçarem nas pestanas e rolarem de mansinho, pela face, que fria pelo vento do fim da tarde, parece mumificada sobre um corpo automatizado e desajeitado pala força do soluçar interior…

Vagueei sem destino. Sou um caos! Horas e horas, por ruas e ruas mas sempre a sua voz confidenciando adorar alguém. Mas, esse alguém, não fui eu, não sou, nem serei…

Dei força. Sofri. Foi lenta a morte do sonho e moribunda, qual ave ferida, vagueio sem destino… vou vaguear em desespero, até que o último dia acabe…

Entre o céu azul acinzentado do fim da tarde de Inverno e a calçada gaste de tantos transeuntes, caminho eu, só, destruída, um verdadeiro caos.

Amar é o caos!


12.01.07

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