segunda-feira, março 19, 2007

AINDA UMA FOLHA DO DIÁRIO





A noite decorre dentro do que é habitual. Passei os olhos por Blogues de conhecidos e amigos, fiz um breve comentário no Clube de Pensadores e prestei atenção especial ao teu último escrito, enquanto escutava uma música de fundo, muito calma.

Não me surpreende que escrevesses tudo aquilo. Quando queres atingir o âmago de uma questão, escreves o que te vai na alma ou se pretendes atingir quem te lê, e a quem ainda não tiveste coragem de dizer para não te dirigir mais a palavra...

Muito interessante como despiste aquele modelo… mas não me fez sentir qualquer reacção… Talvez não acredites, mas de tanto amar alguém, sem que isso seja ao menos motivo de reconhecimento, tornei-me irónica e por vezes sádica no refere ao amor. Para quê amar se de ninguém vem feedback? Estamos rodeados de egoístas que apenas olham para a sua aureola, considerando-se o que há de melhor? E um dia destes partem sem sequer terem tido tempo de observar que eram humanos…

Mas não passei a noite amargurada pela indiferença e pelo desgaste psicológico de estar frente a frente a um silencioso monitor, que vai aceitando os meus queixumes… exactamente o mesmo procedimento da minha adorada figura, que nunca responde ao terno chamamento… Não, estive a traduzir mais umas linhas de um trabalho muito interessante que investigo, sobre sexualidade sénior.

A propósito de sexualidades e de sexo, comecei a ler um livro interessante, escrito por uma garota de programa brasileira (O Doce Veneno do Escorpião), em que descreve situações e factos com um detalhe extraordinário e muito para além de explorar o que o sexo significa para esta autora, interessa-me analisar as reacções que os clientes têm, para perceber algo que não entendi até hoje.

Não fiquei por aqui. Antes de iniciar mais esta folha solta do diário que vou escrevendo, passei em revista as duas mil e tal fotos que tenho de uma pessoa amiga, que tal como eu, tem a paixão pela fotografia e fiquei a pensar…

E com o pensamento concentrado no meu doce sonho, venho escrever mais estas linhas… É bom amar, mesmo que não tenhamos senão aquele além que nos deixa uma saudade sem limites.


19.03.07

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