terça-feira, junho 19, 2007

ÀS VEZES…


Pois! Assim é. Quando se pretende afastar alguém que nos perturba, começamos por criar obstáculos que mostrem que a outra parte está errada, que tem defeitos que justifiquem que nos afastemos. Que são uma barreira à nossa calma, que são uma fonte de stress da qual nos devemos manter afastados. Contudo, o afastarmo-nos desse ou desses elementos, que tanta perturbação pode causar, outro tipo de problema pode advir, o da nossa consciência que nos pode segredar, que estamos a ser injustos. Será que vamos a tempo de perder uma amizade, por não a sabermos compreender e respeitar, nas suas características próprias? Deveremos despersonalizar quem consideramos de amigo? Será que nos devemos afastar de quem nos quer bem, só pelo facto de recearmos não poder ser o que já havíamos sido ou poderíamos ter sido? Ou que a outra parte julga que possamos ser? Será que apenas usamos os outros, enquanto não houver um outro alguém que consideremos melhor? Talvez até procuremos outros que, em consciência, sabemos que não nos querem bem, mas para nos libertarmos, tomamos a atitude de fuga…

Difícil interpretar quem joga nas múltiplas formas de subverter a amizade em benefício do lascivo, do incoerente, do flutuante. Daquele que passa “amor”, conforme as conveniências…

12.04.07

domingo, junho 17, 2007

BRAÇOS ERGUIDOS


Dei uma volta pelo monte, antes que esse também fique descarnado, para que lhe metam alicerces, para mais umas quantas construções. Malefícios da evolução. Cortam-se árvores para plantarem casas e mais casas… os espaços verdes vão ficando perdidos, como oásis no deserto…

Mas como dizia, dei uma volta pelo monte. Estacionei o carro no fim do asfalto e caminhei a pé. Não tirei fotos, até que só, nem me apeteceu pegar no N 73 e carregá-lo de imagens. Olhei para as árvores e até me apeteceu trocar umas palavras com elas…

Entre o arvoredo, senti-me quase que liberta do burburinho da cidade. Aquela então, sem quaisquer folhagens, atraiu-me. Parecia alguém de braços erguidos, sem cabeça… Pareceu-me alguém. É verdade. Muitos dos seres que por aí vagueiam parecem-se com aquela árvore. A cabeça, o instrumento pensante do corpo, é anulado, para que não pense e siga, cegamente, o que querem que se siga… ou por comodidade, anula-se porque pensar é um acto demasiado esforçado e repugnante…

Que horror! Então pensar é assim uma coisa tão desastrosa?!!! Mas é verdade! Às vezes encontram-se por aí certos humanos que, por força de não evoluírem, continuam a viver numa ancestralidade tão longínqua, que até parece quase impossível… mas primam por coscuvilhar… primam por reprovar os que evoluem e de mexerico em mexerico, conseguem deturpar as mais reais criações da Natureza…

Quando deparei com aquela árvore, pensei em algumas pessoas. Lembrei-me inclusivamente de uma pessoa minha amiga, que por ser genial na escrita e com uma imaginação fertilíssima, passou a ser olhada “por debaixo da burra”, porque pensar e compreender essa tal pessoa dava muito trabalho, para além de que se desenquadrava do que é o vulgar de Lineu…

Pois é árvore amiga, estende os ramos, bem erguidos e clama para os humanos sejam mais coerentes e comecem a pensar…


15.06.07

sábado, junho 16, 2007

PALAVRAS PARA A ETERNIDADE


Com palavras e muitas palavras, fiz mais.
Com todas elas construí um castelo. Entraste!
Passaste a viver nesse castelo, construindo ideais
Das ameias vês-me, sempre, desde que chegaste…

Com palavras construí o amor que te dei
Ouviste os meus suspiros e as palavras faladas
Mas não só, escrevi muito sobre o quanto te amei….
Minhas palavras escritas, jamais serão abandonadas…

E esperei até um dia ouvir-te, para acreditar,
Mais, esperei que escrevesses que era o teu amor
Porque pela escrita jamais se pode olvidar
Que o amor é verdadeiro, cheio de esplendor…

Nas minhas palavras falei-te de saudade
Falaste-me da tua saudade e eu acreditei…
A nossa saudade é uma parcela da nossa verdade.
Foi com essas palavras juntas, que sempre te amei…

14.06.07

quarta-feira, junho 13, 2007

COMEMORAÇÃO
















(fig.1 Fonte em frente à Igreja de Valverde - Evora)
(Fig.2 - Três dos primeiros Regentes Agrícola a chegar ao encontro)
Sábado. Dia 09 de Junho de 2007

Tudo combinado. Telefonemas daqui, confirmações de acolá, para que corresse sem quaisquer anomalias a comemoração do 50º aniversário do fim de curso dos Regentes Agrícola de Évora, da Herdade da Mitra, Valverde.

Às dez e trinta da manhã começaram a juntar-se no pátio da Igreja de Valverde, para que, com uma Missa, se recordasse os que do grupo já haviam partido.

Onze da manhã. Mais uns que chegam, mais abraços e euforicamente, entre risos e abraços, os “nick names” (diminutivos), que mesmo ao fim de cinquenta anos, não estavam esquecidos.

Meio-dia menos um quarto. Várias tentativas para se saber se o padre demorava, mas em vão… O padre nem respondia, nem aparecia…








(fig.3- Mais elementos do grupo)
















Pediu-se à senhora que guarda a Igreja para a visitarmos. E mesmo sendo muito moderna, é bonita e simples.





















E fomos para o almoço, mas demos uma volta antes, pela Universidade de Évora…





















Finalmente reunidos à mesa, e antes de ser servido o repasto, fez-se um minuto de silêncio, homenageando quem já não estava entre nós e recordando os que não puderam estar presentes.
















E seguiram os discursos…

Alguns fizeram-se acompanhar pelas respectivas esposas. Também deixaram a palavra de agradecimento e felicitação pela data, formulando votos de que para futuro se encontrem mais amiúde.
Pelas quatro e tal da tarde vieram as despedidas e muitas promessas de reencontro, e a partida, porque todos vinham de longe…
09.06.07
ÉVORA

domingo, junho 10, 2007

DEBATE!



Uma experiência única. Como primeira vez para mim (muito embora pelas muitas descrições e leituras sobre debates anteriores, imaginasse como se desenrolava todo o processo), fiquei encantada.

Sem dúvida que se abordam os temas com uma seriedade indiscutível. Não vou referenciar todo o conteúdo, pois seria inoportuno, visto terem passado quatro dias após o debate, mas não posso deixar de erguer as mãos e dar um aplauso, em primeiro lugar, a Joaquim Jorge, como fundador deste Clube dos Pensadores, realmente inédito e que moderou com sabedoria o debate, cujo tema, de interesse para todos, se focalizou em Gestão Autárquica. Depois e porque considero uma pessoa de características muito especiais, o Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, que explanou muito habilmente através de uma apresentação em “power point”, três importantes e fundamentais itens para uma boa gestão autárquica; um diagnóstico muito profundo. Gostei!

Não deixarei de dar também o meu aplauso a Rui Gomes da Silva (deputado e ex-ministro), a Paulo Magalhães (jornalista parlamentar) e a Luís Silva que representou a plateia e muito bem.

Mas não seria justa se esquecesse todo o público presente e todos os intervenientes, com suas perguntas. Foi na realidade uma experiência magnífica.

09.07.06

VILA NOVA DE GAIA