terça-feira, junho 19, 2007

ÀS VEZES…


Pois! Assim é. Quando se pretende afastar alguém que nos perturba, começamos por criar obstáculos que mostrem que a outra parte está errada, que tem defeitos que justifiquem que nos afastemos. Que são uma barreira à nossa calma, que são uma fonte de stress da qual nos devemos manter afastados. Contudo, o afastarmo-nos desse ou desses elementos, que tanta perturbação pode causar, outro tipo de problema pode advir, o da nossa consciência que nos pode segredar, que estamos a ser injustos. Será que vamos a tempo de perder uma amizade, por não a sabermos compreender e respeitar, nas suas características próprias? Deveremos despersonalizar quem consideramos de amigo? Será que nos devemos afastar de quem nos quer bem, só pelo facto de recearmos não poder ser o que já havíamos sido ou poderíamos ter sido? Ou que a outra parte julga que possamos ser? Será que apenas usamos os outros, enquanto não houver um outro alguém que consideremos melhor? Talvez até procuremos outros que, em consciência, sabemos que não nos querem bem, mas para nos libertarmos, tomamos a atitude de fuga…

Difícil interpretar quem joga nas múltiplas formas de subverter a amizade em benefício do lascivo, do incoerente, do flutuante. Daquele que passa “amor”, conforme as conveniências…

12.04.07

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