quarta-feira, outubro 05, 2005

O QUE ME DESTRÓI



Sou uma carta do baralho da tua existência
Insignificante brisa que sopra sem sentires…
Excluis-me como lixo em cada ausência.
Tudo serve de pretexto para me preterires…

Não comentas o que lês, para não mentires…
Abominas sentimentos com muita pertinência,
Para me esconderes todos os teus sentires,
Que têm outros ritmos, outra cadência…

Deito meus olhos no leito do rio corrente
Para esquecer como minha alma é impotente
Para transformar, como Isabel, rosas em pão

Estendo meu olhar pelo monte ressequido,
Tentando esquecer quem me é tão querido…
Tentando até, esquecer esta doce paixão…


05.10.05

1 comentário:

Leonor C.. disse...

Lindo.. e diz-me algo... Porque será que as mulheres se identificam....