sábado, agosto 04, 2007
“DESABAFO DE RAQUEL”
Briga! Foi o que pretendeste. Tens plena consciência de que me magoaste propositadamente, para existir um pretexto palpável para fugir. Fugiste porque o medo te assaltou e não queres encarar a realidade dos factos e preferes, orgulhosamente, vitimar-te com o que não existe. Sabes que sei quanto baste para perceber isso mesmo, mas que nunca pretendeu ser obstáculo ao que sinto. Usas-me como se fosse um toalhete, que se joga fora, depois de utilizado.
É a perfeita forma de agir de um psicopata! (pensei de mim para mim).
Raquel, contou tudo isto e mais, intercalado de soluços e lágrimas e confessou que o amava demais, para aceitar pô-lo fora da sua vida.
Era uma mulher destruída, de baixa auto-estima e com um olhar triste, quase ausente, como o de um moribundo.
Ouvi. Ouvi atentamente, com carinho e respeito por uma pessoa que me pareceu necessitar mais do que ouvi-la, precisava de força e paz, para decidir sobre o futuro incerto que se lhe apresentava…
Não aconselhei. Aliás não seria o meu papel. Ouvi e tentei transmitir a coragem que lhe faltava, para que decidisse de acordo com o que seu eu lhe pedia… mas muito dentro de mim, apeteceu-me dizer-lhe que mandasse para os confins do esgoto, aquele traste…
04.08.07
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário