terça-feira, setembro 30, 2008

NO TEMPO EM QUE O TEMPO FOI SONHO


Tempo. Tempo, mas o tempo tem muitos tempos. O tempo aparece em horas, aparece em dias e meses e muitos tempos fazem anos e eras. O nosso tempo ainda é o tempo activo e o tempo de descanso… No tempo vivemos e sonhamos e mesmo no tempo de vigília, sonhamos… dos nossos tempos e dos nossos sonhos se faz a nossa vida. Vida que tem passado, presente e futuro… sendo o tempo de futuro o mais incerto…
O estranho é não nos apercebermos que o tempo em que sonhamos, é um tempo gasto como em qualquer outra actividade, com a diferença de o sonho não ser produtivo… Talvez não seja bem assim. Por vezes, inconscientemente, estamos a sonhar e acto continuo pomos em acção o sonho que acabara de ser sonhado. Era viável o que se viveu no sonho e por isso sai escrita, musica, sai uma obra de arte ou até uma peça de marcenaria…
Todos sonhamos, independentemente do nosso tempo, porque o meu tempo não é o mesmo de qualquer outra pessoa. O tempo geral é o mesmo para todos, se considerarmos um mesmo local em latitude e longitude. A loja abre às nove horas (aqui e neste tempo) e todos os que lá trabalham têm o mesmo tempo de começo e depois de saída, mas quem vai fazer as suas compras, tem o seu próprio tempo e nesse tempo não estarão outros tempos introduzidos.
O sonho ou os sonhos que vão decorrendo nos nossos tempos, não são verdades. O sonho é um engano. É um faz de conta que apenas é realidade no sonho; (sonhos durante a vigília, são muitas vezes sonhos perniciosos…)
O tempo no sonho não é tempo contável. O sonho é intemporal no tempo em que o sonho se desenrola. Não é raro acontecer entrarmos no sono, no nosso tempo, quer fisiológico quer no fuso horário em que nos encontramos e neste tempo em que dormimos, numa viagem constante, estamos dois séculos atrás, entre intrigas palacianas, ou muitas décadas à frente, numa guerra entre seres de outros astros do sistema solar…
Sonha-se mesmo quando não nos apercebemos que o sonho está a acontecer…

25.09.08

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