sábado, fevereiro 26, 2005

APENAS CINZA...



Dei-me toda ao encantamento
numa doce melodia de amor.
Elevei tão alto o pensamento
Que ora avante, esquecerei a dor.


Cravejado de sonhos o firmamento
é um enorme palco de esplendor
e esquecida minha dor e tormento,
entrego-me deleitada ao meu senhor.


De mão apertada na mão, (doce ilusão)
deixo de mansinho deslizar o coração
num baile de nuvens, irreal...


E eu, que não sou eu, sou pó
tenho saudade de quando fui noitibó
ou apenas cinza espalhada num roseiral...


26.02.005

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