quinta-feira, fevereiro 17, 2005

PARA QUEM ?!

Que ironia estarmos errados
no tempo que, sem tempo, estamos.
Que agonia sentir a desilusão,
tão velha quanto a Lua...
Sem esperança. Sentimentos parados,
esconder a verdade a quem amamos
ou por quem apenas houve paixão,
paixão pela estátua nua,
sem percebermos que estamos enganados
porque gritam que não nos iludamos...
e que este amor é vento de monção...
E vindo o Sol nunca serei tua...
Mas é belo o medo de perder;
sentir a angustiante fadiga
de esperar sem esperar, em vão
o que tanto havia a dizer
ou algures haver quem nos diga
sermos a sua vida, sua ilusão...
E nesta incerteza constante
à hora crepuscular, tardia,
com o dia a tombar no Mar,
olho à distancia do tempo passante
e recordo essa doce rebeldia
ao repetires em voz vibrante,
que depois da Morte “te vou amar”!
16.02.005
12H55

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