domingo, dezembro 17, 2006

“EMBORA SENDO, NÃO É…”


Estamos a uma semana do Natal. Apenas uns escassos dias nos separam do Dia que a cultura que bebemos, nos disse que era um dia de Paz e Amor.

Contudo, a tradição cultural que durante décadas nos fez crer que essa era uma verdade inabalável, tem sido esvaída no tempo que passa. Uma verdade que não é tanto assim, uma vez que, cada vez se vai verificando que a tal data, que era muito respeitada, vai deixando de o ser, pelas mais diversas razões.

Por essas razões culturais, atendendo a que a História é a compilação de factos, no decorrer dos tempos, acredito que muitos dos factos se tenham verificado, acrescidos da força emocional dos historiadores do desde sempre. Mas, Historiadores contam a História que muitos Homens vão fazendo, e nesses, nem sempre podemos acreditar.

A ganância, o poder, o querer sempre mais, leva os homens a não medirem a sua própria dimensão e por isso a destruírem outros homens, para comandar outros tantos. Desde que a História é História, sempre assim foi… Heródes, Carlos Magno, Napoleão, Hitler…e tantos entre a Antiguidade e o ontem à noite, fizeram o mesmo de maneiras diferentes… até uma “ex-senhora de” o está fazendo e nem por isso, verdade ou não, respeitou a tal Data, que por razões culturais, seria de Amor e Paz.

Gostava de poder acreditar no Pai Natal. Gostava mesmo! Mas tenho de reconhecer que essa figura com certa tradição, poderia ser chamada de “Pai das compras”, pois está mais ligada a uma época de consumismo do que de Amor e Paz…

Gostava de poder acreditar que pedia ao Pai Natal e que ele me ouvia, para que não existissem tantos pobres (não só no âmbito material), que não existissem tantos doentes (quer de simples enfermidades, quer terminais), que deixasse de haver gente egoísta, ignorantes, oportunistas, rancorosos, incrédulos… enfim, que no mundo onde vivo, todos pudessem ser mais felizes…

Gostava de acreditar que “Um Pai Natal” fosse isso mesmo, um real pai do respeito, da consideração, do Amor de uns para com os outros, durante os trinta dias de cada mês e em todas as partes do Globo…

Gostava que “um Pai Natal” me segredasse que Amar é o melhor presente que poderemos dar e receber durante o tempo em que vivemos. Gostava…

16.12.06

6 comentários:

Leonor C.. disse...

Gostave de poder acreditar no Pai Natal, gostava de acreditar que a igualdade, fraternidade e solidariedade não são utópicas. Gostava, mas não consigo.

Anónimo disse...

Tomara acreditar no Pai Natal.

Peter disse...

Gostei do teu texto que vem de encontro à minha maneira de pensar. Verifiquei que não constas dos links. Tenho tido problemas com o template, deve ter sido isso. Vou voltar a incluir-te.

BOAS FESTAS

Anónimo disse...

Joaninha.

Somos todos "historiadores revisionistas" como o foram os Historiadores da antiguidade ( não,não vamos falar da hermenêutica).
Acreditar é importante, dá força e consistência ao nosso universo interior ( será assim tão importante "não acreditar"?).
O Natal é um "pico emocional", para rir, chorar, pensar, amar etc. Eu gosto do natal ( apesar de chorar também) e desejo-lhe a si também um cheio de emoções boas na generalidade ( as más guarde-as num baú e deite-as pela janela no ano novo).

Beijinhos

Diolindinha disse...

Ai, vizinha,quem me dera agora ser piquinina!... Ao menos as coisas más passavam-me ao lado e eu não dava por nada! Agora nem o Pai Natal quer saber de mim! Vou tentar fazer com o Zen diz: deitar as coisas que me chateiam pela janela fóra no fim do ano!

Beijinhos

Anónimo disse...

Serio, serio só acredito na Mãe Natal...ela sim, é a fonte das minhas prendas.


Boas Festas