segunda-feira, abril 09, 2007
PELA RUA
Vamos lentamente, a passo curto, de olhos nos olhos de quando em vez, numa completa cumplicidade. Não te toco. Não me tocas. Apenas caminhamos pela rua fora, em passadas curtas e ritmadas. Sabes o que penso, sei o que pensas. Partilhamos ideias, sorrisos, sem tabus, sem dogmas, sem o que quer que seja, que prejudique o relacionamento com bom entendimento, que me parece estar existindo, entre nós.
O que não dizes parece-me ouvir à distância e o que segredas, faz eco no coração. Comungamos de uma amizade, que poderíamos dizer, quase perfeita.
Quase perfeita? Nada é perfeito! Quando admitimos que estamos a chegar a um ponto que consideramos o ideal, viram-se os ventos, trocas tudo e volta-se à estaca zero…
Acertamos a passada pela vereda acima. Sorrimos e brincamos. Colhem-se flores silvestres e fotografam-se pedras, carreiros de formigas e uma ou outra borboleta que esteja distraída, de asas em repouso, poisada num tronco seco de algum cacto… assim, são momentos de felicidade!
No outro lado do monte espreitam rolos de nuvens; segredam-nos que ainda vai chover… e sopra um ventinho fraco, que iniciara brisa,,, os olhos riem, os lábios riem as faces irradiam alegria: fazemos parte integrante da paisagem…somos a conjugação de um verbo em diferentes tempos…
Uma pedra enorme. Tufos de “azedas” (florzinhas amarelas), a gritar que estamos na Primavera. Algumas abelhas numa dança frenética de flor em flor.
Interessante sentir estes momentos de liberdade, numa perfeita partilha de sentimentos e emoções, que são uma verdadeira novidade… Como é belo nos misturarmos na Natureza e sentirmos que somos parte integrante dela…
09.04.07
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