quarta-feira, julho 16, 2008

ALMA…


Procurei por aí e não encontrei em qualquer parte a alma. Todos falam dela. Todos enaltecem os seus valores, lamentam os seus estados, nem sempre de muita paz…
Há quem refira os poemas da alma… alma perdida… elevação da alma… os estados da alma… e até há quem escreva apontamentos da alma e cadernos da alma…
Mas onde está, que faz e porquê não encontro a minha, quando todos falam das suas?...
Pois! Possivelmente a minha não sabe exprimir o que por ela vai… e vai daí, é como se não existisse.
Claro que não teria a ousadia de usar a dita, caso a tivesse, para a fazer de mensageira, se, sobretudo quisesse dar “um pacote de chá” a alguém…
Alma minha! Vagabunda e solitária (por isso não a encontro), não escreve em cadernos nem sabe aceitar umas “patadazitas” que por distracção lhe dão. Reclama! Reclama, sobretudo, a falta de atenção, o espírito de solidariedade e o ser preterida em favor do que está “na berra” no momento. Reclama a falta de sinceridade numa amizade; o desrespeito por essa amizade.
Mas disseram-me que realmente tinha alma. Fiquei espantada. Se a tivesse, haveria outra alma que a entenderia e não a desconsideraria “por dá cá aquela palha”. Mas vou tentar descobrir se ela andará por aí ou não… talvez não a tenha procurado bem…


16.07.08

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