quarta-feira, julho 23, 2008
UMA LENGALENGA DE ASSUNTOS…
Não vou resistir à tentação de fazer a experiência que o meu primo fez quando escreveu um livro com muitos textos e nos quais nunca usou os pontos finais nem os outros que temos de mudar de linha porque ele conseguiu despejar tudo o que queria dizer sem usar nada de artefactos como são as vírgulas ou pontos e outros mais sinais ortográficos que até por sinal vão cair em desuso caso nos embrenhemos neste acordo com o qual estou em pleno desacordo porque não tem cabimento dizer que um pacto é um pato ou um fato é um facto porque acabamos por não saber quem anda vestido ou quem vai nu e assim como outras coisas mais que entram em conflito com as minhas maneiras de concordar ou discordar e mesmo a propósito hoje fiquei em pleno desacordo com o prato que comi ao almoço ao qual chamaram pescada com todos e os tais todos eram cenouras e batatas e ainda brócolos e apenas um ovo por isso não eram todos porque o ovo era só um e enquanto almoçava também fiquei confusa porque acho muito mal explicada toda essa “triste novela Maddie” que me parece que tem um cortinado bem espesso a cobrir algo que parece que não se quer ver como muitas coisas que por esse mundo andam por trás dos bancos de nevoeiro e das ideias meio baralhadas dos habitantes deste planeta e em especial os cá deste “cantinho à beira mar plantado” e que se chama Portugal e que começou a existir graças a um senhor que se chamou Afonso Henriques e foi o primeiro rei deste reino que deixou de ser reino porque uns carolas acharam que uma republica era muito mais eficaz do que um reino e vai daí que andam há um ror de anos para mostrar isso e ainda não conseguiram porque não é nada fácil governar um reino ou uma republica onde todo o mundo reclama e nunca está satisfeito com nada e critica após critica sem darem nenhuma sugestão para melhorar toda esta confusão e isto só porque os homens são sempre homens quer sejam reis ou plebeus e nada os fará mudar a sua condição de Homens!
23.07.08
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1 comentário:
Soberbo texto querida amiga eu não tenho mais palavras pois tens um domínio perfeito do estilo sem pontuação e ao mesmo tempo continuas a contar muito bem uma história pese embora o facto de eu que raramente uso fato ter que respirar nas entrelinhas onde te vi a fazer o mesmo enquanto depenavas o pato num pacto de descanso com o teclado talvez porque tenhas comido muitas batatas que nem sequer semeaste porque se fosse comigo abria de novo a janela ao gordo que ainda é monte que se veja e respirava de novo o ar fresco que tanto preciso por causa do tabaco cada vez mais caro e difícil de consumir seja por causa da ventilação ou da falta dela seja porque a ASAE estranhamente se lembrou de verificar quem cumpria a lei num país onde nos habituámos a cuspir no chão e a comer bolas de berlim das mãos de vendedores que as desinfectavam com bagaço que lhes matava o bicho pela manhã antes de as começar a vender na praia do nosso contentamento provinciano.
Querida não experimento mais escrever em apneia já nem tenho ar para te dar um beijo ainda que o ar do beijo dependa muito do sítio e da intenção e até de outros detalhes faciais como o pó de arroz que já ninguém usa talvez por causa de estar sempre pronto para beijar sendo que a tentação de fazer a experiência como a do teu primo é muito melhor se for feita na boca de alguém já que o nariz permite iludir a tão malfadada apneia linguística das palavras e do saborear respectivo.
Diverti-me.
Desculpa o arrazoado que nem leio para não ter que o apagar e escrever outra coisa.
Um beijo querida amiga.
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