quarta-feira, agosto 30, 2006

VIDA E MORTE


A pequenez da palavra VIDA, talvez seja apenas para mostrar como a vida é mesmo pequena, podendo ser grande, mas curta. Ou longa e mesmo pequena…

Como somos insignificantes perante a MORTE! Mesmo não tendo muitas letras, é enorme!

Em cada dia constatamos, pelas situações mais diversas, que a vida é mesmo pequena… nunca sabemos o suficiente. Nunca fazemos o que queremos (os condicionalismos são monumentalmente grandes), nunca temos tempo para mais isto ou mais aquilo…

Contudo, vamos vivendo. Com imensas contrariedades! Cobiça-se o que se não tem. Engorda-se quando se queria ser magro. Ama-se quem não nos quer. Trabalha-se num ramo, para o qual não se sente a menor aptidão. Dá-se o que mal se consegue ter, encontra-se o que nem se procurou… e de dificuldade em dificuldade dizemos que vivemos…

E mesmo longa que a Vida seja, finge-se. Finge-se, possivelmente, para que a vida se esconda da Morte… Há quem esquecendo a pequenez da vida, se faz grande: Eles engravatam-se, usam formas sofisticadas de convencer, maneirismos adequados ao que querem alcançar. Disfarçam e interpretam o papel de homens gentis… mas, a verdade é que não têm coragem de enfrentar as suas limitações. Têm medo. Um medo terrificante que a vida se lhes acabe. Elas! Bem, elas falam do que apenas sabem superficialmente, como se fossem donas de toda a sabedoria… como se algumas vez se soubesse alguma coisa… pintam-se para esconder a idade, como se isso fosse uma condicionante para viverem, fazem de conta, para se infiltrarem em amizades que serão o tema de conversas posteriores, repletas de críticas e reticências… Muitos ses a apontar, esquecendo os seus próprios ses… A vaidade, o maldizer, o cinismo, caracterizam muito no feminino, mas para quê? Sendo tão pequena a Vida, merece a pena tudo isso?

Mas de Morte ninguém gosta de falar. Por ser grande? Por ser duradoira? Ou apenas porque se tem medo de morrer?! A morte vem associada, geralmente ao número de anos que se tem. No entanto, a idade de cada um de nós, verdadeiramente, é aquela que nos falta para chegarmos ao fim.

Vida e Morte – começo e fim. Flores, sonhos, amores, tudo o que afinal está ligado, quer à Vida, quer à Morte…

30.08.06

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