quarta-feira, dezembro 26, 2007
NO DIA 25 DE DEZEMBRO
Interrompi o meu silêncio com a palavra que se soltou do mais profundo do meu ser e quase sem controlo, não a consegui calar. Foi um lamento, foi um suspiro de dor… foi talvez uma revolta que se soltou do mais profundo da minha alma… Foi sempre a mesma coisa!
O pretexto soltou-se como uma baforada de fumo e ardilosamente arranjaste forma de ir satisfazer o teu capricho… diria os teus caprichos… mentira, cifrões e mais caprichos e mais mentiras… O sol encanta e dá brilho às pétalas das flores e vives dos encantamentos fictícios… enganando quem? A cigarra ou a formiga?
Nem no tal período que diziam ser de Amor (Natal!) ….
Como és a imagem da falsidade! Teatro. Faz de conta… um papel muito bem interpretado.
Vou rir! Que lata! Vieram então as prendinhas para enganar… sofisticadas formas de gostar (?) …. Merda!!! Que lata!!! Entretanto quem vai usufruindo das ternuras e das delicias… é?! São!!!
Um colar de pérolas! (Claro que são as minhas lágrimas solidificadas…) Luvas! Mas para quê, um par de luvas, quando agora nem posso sair… E será que lhes vou dar uso?
A contagem decrescente já começou há muito. Mas nem isso promove um gesto de humanidade e pões de parte todo esse calculismo de superioridade…???
Os medicamentos estão a actuar perfeitamente. Já não há temperatura e abrandou a instabilidade… mas o problema subsiste… o que será? Novos exames efectuar-se-ão na próxima semana, até lá aquela dúvida vai brilhar como brilha a estrela da tarde…
Mas quase me esquecia de ti! Estás a ver, como esta porcaria de doença, que nem sequer sei o que é, me faz esquecer de ti. E será que mereces mais do que isso? Também nunca gostaste de mim como eu gostei de ti… mas agora também é tarde. Nada merece a pena, quando as dúvidas são a almofada onde deitamos o rosto todas as noites, sem sequer saberemos se haverá a manhã seguinte…
Com o anoitecer verifico que vai finalizar mais um dia 25 de Dezembro, e que mais um dia de Natal é mais um dia de um calendário, que os Homens criaram, para os Homens… e que não é senão um dia vinte e cinco, como todos os outros dias vinte e cinco que cada mês tem… e a verdade é que apenas há um dia vinte e cinco em cada mês…tal como eu sou eu só, em cada dia de cada mês…
Não te angusties. Não fiques sob frustração… afinal nunca me pediste para que gostasse de ti…
25.12.07
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